sábado, 25 de abril de 2015

Culpe os seus genes toda vez que for picado por um mosquito

Se você vai em um acampamento e é a principal vítima dos mosquitos, pode começar a culpar os seus genes por isso. Um estudo publicado na última quarta-feira (22) revela que os insetos sugadores de sanguesão capazes de perceber essas diferenças pelo nosso cheiro, que é produzido por genes diferentes de cada pessoa.
Os cientistas observaram mosquitos da dengue (Aedes aegypti) em laboratório e viram que eles sempre preferiam picar um dos gêmeos fraternos, mas nunca escolhiam uma vítima quando os gêmeos eram idênticos.  A explicação para esse resultado tem tudo a ver com a genética: os gêmeos fraternos são diferentes entre si como quaisquer outros irmãos, mas os idênticos têm exatamente a mesma sequência de letrinhas.
Os resultados são importantes para entendermos melhor o comportamento do Aedes, uma vez que ele transmite dengue (um problema para a saúde brasileira) e febre amarela. Além disso, a pesquisa pode ser útil para a produção de novos repelentes.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Urubus viajam de carona em fontes de ar quente   
Esses urubus-de-cabeça-vermelha viajam de carona em fontes de ar quente
Cientistas brasileiros do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) descobriram que essas avesficam perto de áreas urbanas em busca de fontes de ar quente, que saem de usinas termelétricas (produzem energia a partir do vapor) da cidade de Manaus, para pegarem uma carona.As espécies estudadas, Coragyps atratus (urubu-de-cabeça-preta) e Cathartes aura (urubu-de-cabeça-vermelha), usam essas correntes de ar no fim da tarde para irem mais facilmente do lugar que conseguem comida até onde param para descansar, gastando menos energia do que precisariam se fossem de um lado a outro batendo as asas. Essa preferência dos urubus também acontece com fontes naturais de vapor quente.

A existência de usinas termelétricas perto do local de alimentação dos pássaros pode ser um problema bastante grande para a aviação, uma vez que elas podem colidir bem mais frequentemente com aviões. Para tentar solucionar essa questão, os autores do estudo sugerem que novas usinas sejam construídas a mais de 20 Km de aeroportos e que o tráfego aéreo seja controlado, a fim de evitar o uso constante das mesmas rotas pelos aviões locais.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Água está relacionada com as tempestades de Saturno
A cada 29,5 anos terrestres, Saturno completa uma volta em torno do Sol e conseguimos ver um fenômeno bastante curioso, que se repete sempre nesse espaço de tempo: surgem grandes manchas brancas no planeta, que aparecem no hemisfério Norte e continuam crescendo por toda a sua extensão.
As manchas já foram associadas às tempestades que acontecem no planeta, mas ninguém entendia bem como elas eram formadas.
Uma dupla de cientistas do Instituto de Tecnologia da Califórnia trabalhou duro para desvendar esse enigma e calculou, a partir de dados da sonda Cassini, da NASA, que tais tempestades surgem do vapor de água da atmosfera de Saturno. O estudo foi publicado nesta segunda-feira (13), no periódico Nature Geoscience.
Como o vapor d’água é mais pesado do que o Hidrogênio e Hélio (que são gases dominantes no planeta), ele fica na camada de baixo da atmosfera por bastante tempo. Conforme a parte de cima vai esfriando, ela se torna mais densa do que a parte de baixo e essa convecção, causada pela presença da água, faz com que as tempestades gigantes aconteçam.
Mas por que a Cassini é importante?
A sonda Cassini foi lançada em 1997 e só onze anos depois, em 2008, chegou ao planeta Saturno. Além de ser importante para compreender melhor a composição do planeta e de seus anéis, a missão trouxe informações importantes sobre uma de suas luas, Encélado, que possui um oceano de água líquida embaixo de uma grossa camada de gelo.

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Habitável ou Só Vontade Do Homem ?

Nasa encontrou planeta similar à Terra em zona habitável
Na tarde desta quinta-feira (17), a NASA anunciou a descoberta de um planeta com características muito similares às da Terra. Esse planeta também orbita uma estrela como o nosso Sol e é capaz de abrigar água - e vida. A agência espacial norte-americana pesquisa o tema desde 1995 e o esperado anúncio veio hoje, com a publicação de um artigo na revista Science.
O anúncio foi feito numa conferência com os cientistas Douglas Hudgins, da Divisão de Astrofísica da Nasa, e Elisa Quintana, do projeto SETI (Busca por Inteligências Extra-Terrestres, na sigla em inglês). Os cientistas também estão respondendo aos questionamentos no Twitter, por meio da hashtag #AskNasa.
Batizado de Kepler-186f, o novo planeta faz parte de um sistema de cinco planetas e orbita uma estrela chamada Kepler-186, um pouco mais frio e com metade do tamanho do Sol da nosso sistema Solar - uma pequena parte da Via Láctea. Localizado na constelação de Cisne, esse sistema planetário está a cerca de 500 anos-luz da Terra. O 186f é o último dos cinco planetas desse grupo - distante o suficiente para abrigar água em estado líquido em sua superfície.
Segundo os estudos divulgados pela Nasa, o novo planeta tem praticamente o mesmo tamanho da nossa Terra: 1,1 vezes o diâmetro do terceiro planeta do nosso sistema solar. Já o ano do 186f tem apenas 129,9 dias. Ou seja, sua velocidade de rotação em torno do Sol dele é três vezes mais rápida que a nossa. E aí, #partiu colonizar outros mundos?